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Bebê Rena: o comportamento humano diante de traumas

  • Foto do escritor: Renata Marins
    Renata Marins
  • 17 de mai. de 2024
  • 2 min de leitura

Desde o seu lançamento na Netflix, Bebê Rena conquistou a internet e fez todo mundo maratonar o seriado.


Eu aposto que se você nunca viu essa série, pelo menos já ouviu falar. Mas o que causou esse hype todo em torno dela? Bom, eu particularmente penso em duas coisas: o fato da história ser real e ter acontecido com o próprio protagonista e a forma como ela aborda temas como traumas e o comportamento humano diante disso.


Vamos tentar ao máximo não dar spoilers nessa resenha, rs. 


A série fala sobre Donny Dun, interpretado por Richard Gadd (roteirista, ator e diretor do drama). Ele é um aspirante a humorista que trabalha num bar, mas sonha em seguir a carreira no humor, e vemos ao longo dos episódios que ele não arranca nenhuma risada da plateia. Após receber a visita da cliente Martha no bar e terem conversado um pouco, ele começa a ser perseguido por ela, que se torna sua stalker.


Richard Gadd e Jessica Gunning em 'Bebê Rena' — Foto: Ed Miller/Netflix

Entre milhares de e-mails (literalmente) e histórias de vida falsas, Martha fica obcecada por Donny, faz de tudo para saber onde está, com quem anda e o que está fazendo.


No decorrer da série, vemos que Martha revive os piores e mais sombrios traumas da vida de Donny. Cercado sempre de muito ódio por si mesmo e sentimentos confusos, ele tem a vida e as relações destruídas por causa dessa obsessão.


Sem dúvida, esse drama fala 100% do comportamento humano, principalmente diante da aceitação e superação de traumas. Vemos como um sentimento muito interno e profundo da sua mente - que você ainda pode nem ter enxergado - pode impactar em tudo. O melhor da série está nos detalhes.

O programa é uma adaptação ficcional desses eventos na vida de Gadd. Inicialmente, a história foi adaptada pelo próprio ator para o teatro em um pequeno show individual, no Festival de Edimburgo, em 2019. Agora esse ano, ganhou espaço nas telas de streaming. E que espaço, hein?


Logo no início, um policial questiona Donny "Por que você não denunciou antes?". E todos os episódios se desdobram na mente do protagonista e seus motivos para não ter denunciado essa perseguição quando começou. Considero um recado para todos que fazem essa pergunta desnecessária diretamente para a vítima.


Sinceramente, uma das coisas que mais me incomodou (não é uma crítica) é o tanto de coisa ruim que acontece com Donny. Eu cheguei no final da série com um sentimento meio ruim na cabeça só pensando “cara, pelo amor de deus, coloca pelo menos algo bom para acontecer na vida dele!!!”


É uma série forte, direta e profunda. Não acho que seja a mais ideal para ver se o seu psicológico não está nos melhores dias. Mas sem dúvida, você acaba com muitos pontos de interrogação na cabeça querendo se tornar especialista no assunto. Eu, pelo menos, saí assim.




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