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Sou nostálgica, e daí?

  • Foto do escritor: Maria Clara Durante
    Maria Clara Durante
  • 26 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

O melhor jeito de enfrentar a realidade é colocando Britney Spears para tocar


Nunca fui fã de Jonas Brothers, mas de repente tive as minhas redes sociais tomadas por posts eufóricos sobre o retorno do trio ao Brasil depois de onze anos. Apesar de nunca ter sonhado  em me casar com o Nick, Joe ou Kevin, a excitação das pessoas que cresceram ouvindo e  admirando esses nomes é muito familiar para mim. Tudo bem, não compartilhamos dos mesmos ídolos, mas além de ser fã de um montão de outros artistas, eu sou nostálgica por natureza. 


Criança dos anos 2000 em festa de aniversário
Foto: Reprodução/Maria Clara Durante

Todas as vezes que visito o meu antigo bairro, faço questão de passar em frente à casa onde morei por quase duas décadas. Quando uso o perfume Flower by Kenzo, revivo as aulas de  História sobre a civilização egípcia do sexto ano – eu já devo ter comprado mais de dez frascos desse ao longo da vida. Sempre que a música Wake Me Up When September Ends, do Green Day,  invade o meu Spotify, sou teletransportada para uma viagem que fiz com uma amiga para Raposo, em 2012, quando voltamos para a casa dividindo os fones de ouvido.  


Vocês podem até falar que cancerianos têm fama de serem nostálgicos, mas não vou colocar  essa culpa na conta do meu signo. A verdade é que a minha vida não era melhor quando eu morava na casa revestida com pedras e era amiga de pessoas que se tornaram completas estranhas – sem falar na pressão de tirar uma boa nota em uma prova sobre fenícios e persas. Deus me livre ter que lidar com as questões da adolescência de novo.  


A cada dia que passa, me convenço mais de que o cerne dessa questão não está no desejo de reviver determinado período, mas no fato de entender que o passado pode ser revisitado a partir  de quem somos hoje. Eu dediquei umas boas páginas do meu TCC a esse tema e descobri que sentir saudade de momentos pretéritos a partir da ativação de memórias de juventude – que podem ser desencadeadas por músicas, fotos e mil outros fatores – não significa, necessariamente, desejar ter de volta os últimos dez anos de vida .  

Alimentar a nostalgia não é sinônimo de infantilidade nem de regressão, mas uma tentativa honesta de escapar de uma realidade que exige muito mais que uma boa nota no simulado de História. Então, maratonem High School Musical, ouçam Britney Spears, leiam os clássicos da Meg Cabot, convidem as amigas para uma festa do pijama e assistam a todos os shows dos seus ídolos de adolescência – da grade, de preferência. Não é possível voltar no tempo, mas sempre é válido dar um pulinho nos anos 2000.


Festa do pijama
Foto: Mídia do WIX


1 comentário

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27 de abr. de 2024
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Amo ser nostálgica! Acho q revisitar os momentos bons que vivemos nos trás muito aprendizado,pois hoje, enxergamos as coisas de forma diferente, então, muitas vezes fazemos uma releitura de tudo q vivemos e isso pode ser muito importante para nos conhecermos e entender melhor o nosso presente! Tenho 3 agendas (diários do final da adolescência) que gosto sempre de ler e a cada leitura,me redescubra e isso faz com q eu nunca perca a minha essência! Amei sua matéria, é a sua cara!! Sucesso sempre! 🥰 Carla Silva

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