A representatividade feminina nos Jogos Olímpicos de Paris

Pela primeira vez o evento foi planejado para a igualdade de gênero, tendo até rosto feminino na logo.

Os jogos olímpicos de Paris ainda não começaram e já entraram para a história. Dos 10.500 atletas, 2500 serão homens, e 2500 mulheres, tendo a maior representação feminina na história da competição.

Em 1900, também em Paris, foi a primeira vez que atletas femininas participaram das olimpíadas, de 997 atletas, apenas 22 eram mulheres. Já nesse ano, a igualdade foi intencional, proposta a partir de iniciativas lideradas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que possui 50% dos cargos de membros das comissões ocupados por mulheres.

Nesta edição, o comitê também promoveu medidas específicas para aumentar a promoção feminina no esporte.

Na delegação brasileira, de forma inédita, as mulheres são maioria.

Nadadora brasileira Ana Marcela Cunha | Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br

A primeira mulher brasileira a competir nas Olimpíadas foi a nadadora Maria Lenk, em 1932. Desde então, muitas outras atletas deixaram seu legado na competição, como: Cristiane, a maior artilheira do futebol em jogos olímpicos, independente de gênero, com 15 gols; a ginasta Rebeca Andrade, que ganhou duas medalhas na última edição, em Tóquio 2021; a skatista Rayssa Leal, foi a medalhista mais jovem em 85 anos de Jogos; e não poderia faltar a Rainha Marta, que já anunciou a pretensão de se aposentar da seleção após os Jogos Olímpicos.

Para esse ano, as expectativas são altas em cima dos times do Brasil, que vive o melhor momento feminino da história, já que competem em 39 modalidades diferentes e com altas chances de medalhas. A ginástica artística terá time majoritariamente feminino; judô, boxe, skate, vôlei de quadra e de praia, também são grandes apostas para ouro.

Créditos foto de capa: Reuters