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Nós somos alguém além do nosso trabalho?

  • Foto do escritor: Renata Marins
    Renata Marins
  • 24 de mai. de 2024
  • 2 min de leitura

"Resuma você em algumas palavras", "O que você faz?". Tenho certeza que você já ouviu essas perguntas e sempre pensou em respostas como "sou tal profissão, sou formado em tal curso" ou qualquer uma relacionada ao seu trabalho e carreira. Mas quem é você além do trabalho? Quem é você além de 80% - ou às vezes até 95% - da sua rotina?


É um desafio encontrar algo além quando o trabalho ocupa mais de 80% do dia.



Uma vez me perguntaram isso numa entrevista de emprego. Obviamente eu travei e falei coisas muito básicas sobre mim: "eu gosto de ler no meu tempo livre, ficar com meus amigos e vejo séries". Sinceramente, isso não resume nem 10% de quem sou eu e nem de quem ninguém é.


Quando nos apresentamos para alguém sempre começamos com a nossa profissão. "Oi, prazer, me chamo Renata e sou jornalista". E se começássemos com "Oi, prazer, me chamo Renata, amo livros de suspense psicológico, a escrita é tudo para mim, amo fotografar pôr do sol e encontrei uma vida leve na atividade física"? Na minha opinião, o peso seria diferente e cada um teria uma resposta singular.


Se você parar pra pensar, até nos aplicativos de relacionamento falamos outras coisas além do nosso trabalho. "Você gosta de cachorro ou gato? Qual esporte você curte? Qual é o seu tipo de rolê?". 


Em outros (privilegiados) casos, muitos se identificam com a profissão e a consideram como principal característica, e não há nada de errado nisso. O que tento propor aqui é pensarmos um pouco o que nós somos quando estamos na roda de amigos ou com a família em uma comemoração de ano novo, por exemplo.


Você é aquela pessoa que conversa com todos que vê pela frente ou é mais retraído? Você ri até daquelas piadas "é pavê ou pra comer"? Você tem mais um espírito livre e embarca em qualquer aventura que te chamam ou é mais de planejar as coisas? Como é a sua essência? Isso vem muito antes do trabalho.



Acredito que o seu emprego seja um meio para você realizar seus sonhos e construir sua vida. Mas é sempre importante ressaltar: ele não deveria consumir sua rotina.


Me conectar comigo mesma e ter meu momento de paz no início ou no final do dia é minha forma de autocuidado. Desde que me formei na faculdade e comecei um estilo de vida e uma rotina novos, tenho me conectado mais com a minha essência fora do trabalho, por incrível que pareça. Tenho tido uma vida além das 8 horas de CLT -  por mais que eu passe a minha rotina sempre cansada, rs. E isso é um baita privilégio, ok?


Quando a gente para e pensa em quem somos como pessoa física e não como profissional, nossa percepção muda muito. Parar, cuidar de si mesmo e conhecer a própria essência é algo que todos deveriam ter o privilégio de fazer.


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